segunda-feira, 10 de novembro de 2014

DEZ ANOS DEPOIS

Entre tantas ofensas descabidas, certo dia sentamos e conversamos e o peso daquela conversa... o peso daquela promessa...
Destilado, fermentado, inalado ou tragado, sempre soube que o teor das ofensas e, até mesmo, as tentativas de agressão física nunca foram sinceros. Mas doeram e doem quando lembrados.
Entretanto, um dia, conversamos e decidiste partilhar comigo o peso da tua dor e o pacto foi tão profundo que choramos juntos. Naquela noite partilhaste o vício e percebi um dependente de carinho – dali para frente a cumplicidade foi intensa (lembras de como ficávamos preocupados com ela?).
E foi em função dessa preocupação, e dessa cumplicidade, que me revelaste a última dor e como foi difícil mantê-la em segredo e quantas noites mal dormidas por saber que não era capaz de cumprir minha promessa...
O tempo passou... não me foge à lembrança, a conversa que mudou minha infância

CONFABULAÇÕES

Se nesta vida nada faz sentido
Se nada faz sentido no amor,
no humor, no torpor
sem calor...
Ao menos nada
contra a corrente intrépida do rumor


Mario Chris